CANCER STATISTICS, 2022

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 29 jan 2022

CANCER STATISTICS, 2022


Título do Estudo


Cancer Statistics, 2022

 

Fonte


A CANCER J CLIN 2022;72:7–33 – Rebecca L. Siegel,; Kimberly D. Miller; Hannah E. Fuchs; Ahmedin Jemal

 

Introdução


O câncer é um importante problema de saúde pública no mundo todo, e a segunda maior causa de mortalidade nos Estados Unidos (EUA). Anualmente, a Sociedade Americana de Câncer publica dados atualizados, com a estimativa de novos casos e mortes por câncer nos EUA. Neste artigo são apresentadas as estimativas para 2022.

 

Objetivo e Metodologia


Os dados de incidência (até 2018) foram coletados através dos programas: Surveillance, Epidemiology, End Results program; National Program of Cancer Registries; e North American Association of Central Cancer Registries. Os dados de mortalidade (até 2019) foram coletados pelo National Center for Health Statistics. O objetivo deste trabalho, realizado anualmente, é oferecer estimativas que auxiliem nos programas de combate ao câncer em todo o mundo.

 

Resultados


Em 2022, nos EUA, são esperados 1.918.030 novos casos e 609.360 óbitos por câncer. A sobrevida relativa por câncer em 5 anos aumentou desde o fim da década de 70, especialmente de 2011 até 2018, de 49% para 68%. Câncer de mama e câncer de próstata ainda são os mais frequentes em mulheres e homens, respectivamente, seguidos pelo câncer de pulmão. A incidência de câncer de mama vem caindo lentamente a partir de 2014, e a de câncer de próstata permanece estável. O câncer de pulmão continua sendo o maior responsável pela mortalidade por câncer, com a estimativa de 350 mortes por dia. Entretanto, a incidência vem caindo progressivamente, especialmente para a doença avançada. A proporção de pacientes com câncer de pulmão diagnosticados com doença inicial subiu de 17% para 28% entre 2004 e 2018. A mudança mais abrupta foi vista a partir de 2013, coincidindo com a instituição do rastreamento para câncer de pulmão. A sobrevida relativa em 3 anos também aumentou de 21% para 31%. A conclusão é que o bom uso de programas de rastreamento, atrelado à evolução tecnológica e novos tratamentos, têm sido bem sucedidos em melhorar o diagnóstico e a sobre vida dos pacientes com câncer.

 

Limitações


Há sempre um intervalo de 2 a 4 anos para a disponibilidade de dados de incidência e mortalidade, com relação ao ano a ser estimado. Esta diferença se justifica pela necessidade de tempo para a coleta, compilação, controle de qualidade, análise e divulgação dos dados. Portanto estes resultados são uma projeção. Por esta razão, os dados atuais não consideram ainda o impacto da pandemia de COVID-19. Estes dados se referem à população dos EUA, portanto as inferências para a população brasileira possuem limitações.

 

Dra. Clarissa Baldotto

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