Outcomes From More Than 1 Million People Screened for Lung Cancer With Low-Dose CT Imaging

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 18 nov 2023

Outcomes From More Than 1 Million People Screened for Lung Cancer With Low-Dose CT Imaging


Título do Estudo


Outcomes From More Than 1 Million People Screened for Lung Cancer With Low-Dose CT Imaging

 

Fonte


Silvestri GA, Goldman L, Tanner NT, Burleson J, Gould M, Kazerooni EA, Mazzone PJ, Rivera MP, Doria-Rose VP, Rosenthal LS, Simanowith M, Smith RA, Fedewa S. Outcomes From More Than 1 Million People Screened for Lung Cancer With Low-Dose CT Imaging. Chest. 2023 Jul;164(1):241-251. doi: 10.1016/j.chest.2023.02.003. Epub 2023 Feb 10. PMID: 36773935; PMCID: PMC10331628.

 

Introdução


O rastreio do câncer de pulmão através da tomografia computadorizada de baixa dose  foi recomendado, nos EUA, em 2013, tornando aproximadamente 8 milhões de americanos elegíveis para tal.

 

Objetivos


Descrever as características demográficas e os resultados dos indivíduos examinados nos Estados Unidos.

 

Métodos


Este foi um estudo de coorte de indivíduos submetidos a exames de imagem tomghrafia de baixa dose para reastreio de câncer de pulmão entre 2015 e 2019. As interpretações da avaliação da tomografia pela pontuação do Lung Imaging Reporting and Data System (Lung-RADS), taxas de detecção de câncer e estágio no diagnóstico foram comparadas com os dados do National Lung Cancer Screening Trial. Além disso, foram realizados taxa e preditores de adesão.

 

Resultados


Na triagem inicial, 83% dos pacientes apresentaram resultados negativos e 17% apresentaram resultados de triagem positivos. A taxa de detecção de câncer de pulmão  geral foi de 0,56%. A porcentagem de pessoas com câncer detectado no início do estudo foi maior nas categorias Lung-RADS positivas: 0,4% para Lung-RADS categoria 3, 2,6% para Lung-RADS categoria 4A, 11,1% para Lung-RADS categoria 4B e 19,9% para Categoria Lung-RADS 4X. A distribuição do estágio do câncer foi semelhante à observada no National Lung Cancer Screening Trial, com 53,5% dos pacientes recebendo diagnóstico de câncer em estágio I e 14,3% com câncer em estágio IV. A adesão foi de 22,3%, anualmente e 34% quando ampliou-se a janela pra 15 a 24 meses no retorno. Os preditores de baixa adesão incluíram o tabagismo atual e a raça hispânica ou negra, aqueles com níveis mais baixos de educação e auto-segurados ou auto-pagadores.

 

Conclusões


Este estudo revelou tanto os aspectos positivos do rastreio tomográfico do câncer do pulmão como os desafios que em fazê-lo. Os resultados da tomografia computadorizada foram correlacionados com precisão com a detecção de câncer de pulmão usando o sistema Lung-RADS, assim como uma mudança significativa de diagnóstico em estágio inicial da doença. A adesão ao rastreio foi fraca e provavelmente contribui para a taxa de detecção ter sido inferior ao esperado (comparada ao NLCST), o que terá impacto nos resultados dos pacientes.

 

Limitações


Pode ter ocorrido subnotificações.

 

Relevância do Artigo


É a maior evidência de mundo real em rastreio de câncer de pulmão.

Comprova que o rastreio traz o diagnostico de câncer de pulmão para estágios mais precoces como vimos nos grandes estudos.

Ressalta a dificuldade no entendimento da população da importância do rastreio com um aderência (de mundo real)  bem longe da obtida nos estudos de referência: 95% no NLST e 90% no Nelson. Esse achado é preocupante porque a baixa adesão provavelmente diminuirá o benefício de mortalidade.

Especialmente com a mobilização atual de várias as sociedades médicas (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Sociedade Brasiliera de oncologia Clínica, Sociedade Brasileira de Ratioperapia, Sociedade Brasileira de Patologia, Colégio Brasileiro de Radiologa e Diagnóstico por Imagem) envolvidas no rastreio e tratamento do câncer de pulmão na criação da Aliança Brasileira no Combate ao Câncer de Pulmão, compreender o sistema de saúde integralmente e os fatores relacionados ao paciente que possam reduzem a adesão ao programa no Brasil é essencial para garantir o sucesso dessa nobre inciativa.

 

Paula Werneck Steimback   é pneumologista e intensivista, atual secretária científica da SOPTERJ 2022-2023   

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