A ASMA EM TEMPOS DE COVID-19

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Espaço Respirar

Publicado em 8 maio 2020

A ASMA EM TEMPOS DE COVID-19


Por ocasião do DIA MUNDIAL DA ASMA, lembrado em 5 de maio, a SOPTERJ entrevistou o Dr. Fábio Aguiar, da Comissão de Asma Brônquica da SOPTERJ.


Quais os cuidados especiais  que um portador de asma deve tomar durante a pandemia?

Com os dados que temos atualmente sobre a COVID-19, a asma leve não parece ser um fator de risco para a forma grave da COVID. Nas pessoas com asma moderada a grave a COVID podem estar sob risco de apresentarem formas mais graves da COVID, com exacerbações da asma, pneumonia e até insuficiência respiratória. Para todos os pacientes com asma, independente da gravidade da doença, é recomendado o tratamento regular da asma, mesmo se não estiverem apresentando sintomas. Consulte seu médico no caso de dúvidas.

 

Exercícios respiratórios são importantes para portadores de asma? Se sim, quais?

O exercício físico é recomendado para todos os pacientes com asma. Não existe um único tipo de exercício que seja recomendado para o asmático. O indicado são os exercícios aeróbicos, como caminhar, correr, nadar, pedalar, etc. Neste momento de distanciamento social, formas alternativas de exercícios aeróbios que possam ser realizados em casa como dançar podem ajudar a nos mantermos fisicamente ativos.

 

Portadores de asma são considerados parte do grupo de risco, independente da idade, e devem ficar em casa?

Qualquer doença crônica é considerada como um fator de risco para formas mais graves da COVID. Pessoas com asma, assim como com outras doenças respiratórias, são considerados como um grupo de risco. O momento atual é de priorizar o distanciamento social. Mesmo pessoas que necessitem de sair de casa por trabalharem em áreas consideradas essenciais, devem permanecer em casa em todos os momentos possíveis.

 

Quais os cuidados de um portador de asma e qual tipo de máscara deve usar?

Para a população em geral, inclusive pessoas com asma, a máscara recomendada para uso é a máscara de tecido. As máscaras cirúrgicas neste momento devem ser priorizadas para uso por profissionais de saúde. Os melhores tecidos para as máscaras são o algodão e o TNT. A máscara deve cobrir totalmente a boca e o nariz sem deixar espaços nas laterais. Além disto, deve ser confortável e adaptar-se bem o rosto, evitando sua recolocação. A máscara deve ser trocada sempre que úmida ou com sujeira aparente e não deve ser utilizada por mais de 3 horas. Por último, as máscaras devem ser laváveis para poderem ser reutilizadas quando necessário. Lembre-se que a máscara é de uso individual e nunca deve ser compartilhada. A ANVISA publicou recomendações ao público que podem ser acessadas em http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/4340788/NT+M%C3%A1scaras.pdf/bf430184-8550-42cb-a975-1d5e1c5a10f7

 

– Sobre a falta de ar, comum emas mágicos, como diferenciar quando for sinton=mas da Covid-19?

Pacientes com asma estão habituados a sentirem falta de ar. É importante saber interpretar seus sintomas e procurar atendimento médico no caso de haver dúvidas se os sintomas são por conta da asma ou por um possível agravamento da COVID. Pessoas com sintomas sugestivos de COVID não devem evitar procurar atendimento médico por medo de se expor ao vírus. Moradores do Rio de Janeiro podem utilizar o serviço telefônico gratuito, número 160, para tirar dúvidas sobre a COVID. Podem ainda contar com seus pneumologistas que são seus parceiros no enfrentamento desta pandemia.


SBPT LEMBRA O DIA MUNDIAL DA ASMA

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos, sendo um problema mundial de saúde e acometendo cerca de 300 milhões de pessoas. Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos. A asma é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho.

Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de Saúde,ligado ao Ministério da Saúde, ocorrem no Brasil, em média, 350.000 internações anualmente. A asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), conforme o grupo etário considerado.

Felizmente, com a melhor compreensão da doença por parte dos portadores e a distribuição de medicamentos para os pacientes asmáticos graves, vem-se observando uma queda no número de internações e mortes por asma no Brasil.  Em uma década, o número de internações por asma no Brasil caiu 49%. Apesar disso, disponibilização de tratamento adequado aos asmáticos ainda é restrita em muitos estados do país, sendo que um percentual muito grande da nossa população encontra-se não tratada por completo. Fonte: SBPT

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