SOPTERJ: Glossário E

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Espaço Respirar

Glossário E


Edema Pulmonar ou Edema Agudo do Pulmão

Conceito
Edema agudo do pulmão é uma doença caracterizada por acúmulo de líquido no interstício e nos espaços aéreos do pulmão.
Geralmente devido a insuficiência do coração, outras condições não-cardiológicas podem também provocar edema pulmonar.

Sintomas
Geralmente os sintomas são agudos e súbitos: intensa dispnéia com freqüência respiratória elevada, cianose, expressão de ansiedade e sudorese fria retratam os casos de maior gravidade.
O edema pulmonar coloca em risco a vida do paciente e deve ser considerado como uma emergência médica.

Tratamento
A natureza aguda e grave do problema exige um tratamento imediato, tentando identificar o fator desencadeante ou agravante da descompensação cardíaca – geralmente uma arritmia cardíaca, uma infecção respiratória ou a não-obediência ao tratamento prescrito.
Os seguintes procedimentos e medicamentos devem ser aplicados de maneira quase simultânea: oxigenioterapia, morfina, diuréticos, digitálicos, aminofilina etc.
Com freqüência, há necessidade de respiração assistida e atendimento em UTI.

Embolia Pulmonar - Tromboembolismo Pulmonar e Trombose Venosa Profunda

Conceito
A embolia pulmonar está relacionada à função de filtro da circulação que os pulmões realizam.
Os êmbolos, (“coágulos” que migram de outras partes do organismo pela circulação sanguínea), ao chegarem aos pulmões, impactam nas artérias pulmonares, obstruindo o fluxo sanguíneo.
Esses êmbolos são constituídos por substâncias diversas como medula óssea, células tumorais, gordura, coágulos sanguíneos (trombos) etc.
Tromboembolismo pulmonar (TEP): ocorre quando o êmbolo é um coágulo geralmente originado numa trombose venosa profunda da coxa ou pélvis.
Trombose venosa profunda (TVP): trombose é a coagulação do sangue no interior do aparelho circulatório, tanto no coração como nas artérias e veias.
Trombose venosa profunda é uma doença que afeta as veias profundas, principalmente dos membros inferiores e da pelve, e constitui a causa mais comum de tromboembolismo pulmonar.

Sintomas
A Trombose Venosa Profunda (TVP) freqüentemente ocorre sem qualquer sinal ou sintoma. Quando apresenta sintomas, as principais manifestações da TVP são: dor, edema, inchaço, empastamento das pernas, distensão das veias superficiais e desconforto das panturrilhas.
Muitos casos de tromboembolismo pulmonar em artérias pequenas não apresentam sintomas. Por isso, na maioria das autópsias, as taxas de casos não-diagnosticados representam 85%.
Quando as artérias obstruídas são maiores, acontecem alterações circulatórias e respiratórias que podem se manifestar com dor torácica súbita e intensa, dispnéia, apreensão, tosse, hemoptise, sudorese fria, desmaios, cianose e, nos casos graves, até morte súbita.

Tratamento
O tratamento visa ao combate das alterações que mais diretamente ameaçam a vida do paciente, usando anti-coagulantes, trombolíticos, oxigenioterapia e cirurgia para retirada do material do êmbolo, quando indicada.

Prevenção
Sendo o Tromboembolismo Pulmonar (TEP) uma complicação da Trombose Venosa Profunda (TVP), a prevenção depende totalmente da profilaxia da última, devendo ser orientada pelo médico quando o paciente precise ficar deitado muito tempo ou ser submetido a uma cirurgia. É importante também a prevenção da trombose venosa profunda em mulheres grávidas.

Endoscopia respiratória (broncoscopia) e videobroncoscopia

Trata-se da introdução de um instrumento chamado broncoscópio dentro da via aérea para visualização, colheita de secreção, realização de biópsias ou retirada de corpos estranhos.
A broncoscopia é realizada com a finalidade de diagnosticar – visualizando o interior das vias aéreas, colhendo amostras de secreções dos brônquios ou retirando pequenas amostras de tecido (biópsias) para chegar ao diagnóstico. Ela é utilizada também como procedimento terapêutico na retirada de corpos estranhos, na aspiração de secreções dos brônquios ou na aspiração de sangue nos casos de hemoptise maciça.

Existem dois tipos de broncoscópios:
• Broncoscópio rígido: é o mais antigo, mas continua sendo o preferido quando há necessidade de um amplo canal, como na retirada de um grande corpo estranho ou na hemoptise maciça.
• Broncoscópio flexível: utiliza a fibra óptica, que facilita bastante o seu manejo e permite exames com melhor visão até dos brônquios de menor calibre (que o broncoscópio rígido não permite atingir). Este modelo é valioso para a localização e biópsia de lesões dos brônquios, e inclusive do parênquima pulmonar.
A videobroncoscopia é o mesmo procedimento da broncoscopia ligada a uma microcâmera que fornece a imagem do interior das vias aéreas no monitor. A qualidade da imagem é superior e permite ser assistida por vários médicos simultaneamente, facilitando a conclusão do diagnóstico.

Espaçador ou aerocâmara

Espaçador ou aerocâmara é um dispositivo colocado entra a boca do paciente e o bocal do nebulímetro, mais conhecido como “bombinha”, aparelho utilizado para a inaloterapia. O espaçador serve para facilitar o uso da bombinha e diminuir suas dificuldades, cumprindo as seguintes funções:

• Evitar a necessidade de sincronizar o ato de acionar a bombinha com a inalação do medicamento liberado;
• Reter as partículas maiores, não-apropriadas para a inalação diminuir a velocidade do jato da bombinha;
• Eliminar o impacto do jato frio na garganta, seguido da deglutição do medicamento;
• Reduzir o gosto, às vezes amargo, do medicamento;
• Melhorar o aproveitamento do medicamento e diminuir os efeitos indesejáveis.

Expectoração

Expectoração é a ação de expelir, ou escarrar matéria proveniente dos pulmões, dos brônquios ou da traquéia.
A secreção eliminada pela tosse é chamada de escarro, catarro, esputo ou expectoração. A constituição da secreção varia de acordo com a proporção relativa dos vários constituintes:

• Serosa: formada por água + eletrólitos + mucoproteínas (pequena quantidade) + células (pequena quantidade).
• Mucóide: água + eletrólitos + mucoproteínas (grande quantidade) + células (pequena quantidade). Esta expectoração apresenta-se translúcida, semelhante à clara de ovo e é característica da bronquite crônica simples sem infecção.
• Purulenta: todos os componentes anteriores e abundantes células inflamatórias ou piócitos. Apresenta-se opaca, amarelada, parda ou esverdeada. Na prática, significa a presença de infecção bacteriana.
• Hemática: além dos elementos anteriores, tem a presença de sangue, que caracteriza a hemoptise. É um sintoma comum da tuberculose ou do câncer pulmonar, porém pode ter outras causas como bronquiectasias ou pneumonia.

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