SOPTERJ: Glossário S

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Espaço Respirar

Glossário S


Sibilos, sibilância, chiado no peito ou chiadeira

São expressões usadas pelo paciente para descrever o ruído de timbre elevado, tom musical, comparado ao miado de um gato, percebido durante a expiração, geralmente acompanhando por dispnéia.

A chiadeira resulta da redução do diâmetro interno dos brônquios durante crises de bronquite crônica e asma.

Na criança, a chiadeira é uma manifestação mais freqüente devido ao pequeno diâmetro dos brônquios, e pode indicar a presença de doenças mais simples como resfriado comum.

SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Conceito

A síndrome da imunodeficiência adquirida, mais conhecida como AIDS ou SIDA, é uma manifestação clínica avançada da infecção causada pelo HIV.

Abreviações mais usadas:
• AIDS: iniciais no nome em inglês – acquired immune deficiency syndrome.
• SIDA: iniciais do nome em português – síndrome da imunodeficiência adquirida.
• HIV: do inglês human immunodeficiency virus; vírus da imunodeficiência humana.

A infecção pelo HIV leva a uma diminuição progressiva da imunidade, especialmente da imunidade celular, importante para a resistência de nosso organismo. A diminuição da imunidade permite o aparecimento de infecções oportunistas, tumores e outras manifestações como demência, diarréia, emagrecimento, alterações na pele etc.

Aproximadamente 70% dos pacientes infectados pelo HIV apresentam alguma manifestação respiratória durante a evolução. Em autópsias, aproximadamente 90% dos pacientes com AIDS apresentam algum comprometimento dos pulmões. Estes números refletem com clareza a relevância das doenças pulmonares nos pacientes infectados pelo HIV.

Contágio:

Em termos epidemiológicos, as três únicas formas de transmissão ou contágio da infecção são:

• Contato sexual: responsável por 70% dos casos de infecção
• Contato com o sangue ou derivados do sangue: por meio de transfusão ou contato direto
• Transmissão perinatal: dá-se a partir da mãe infectada para o feto, dentro do útero, ou para o recém-nascido, durante o trabalho de parto.

Sintomas

As manifestações da infecção pelo HIV podem ser divididas em três momentos:

• Infecção aguda ou primária: geralmente de 2 a 4 semanas após a contaminação com o vírus, aparecem febre, dor de cabeça, mal-estar, dores musculares, linfadenopatias (“ínguas”) e faringite. Podem aparecer também erupção na pele, diarréia, náusea, vômito etc. Todos estes sintomas geralmente melhoram espontaneamente.
• Infecção latente: durante este período, geralmente não se apresentam sintomas nem sinais no exame clínico, exceto algumas linfadenopatias persistentes.
• Doença sintomática: pela deterioração progressiva do sistema imune causado pelo HIV, aparecem os sintomas próprios da doença clinicamente aparente ou AIDS. A candidíase (“sapinho”), que aparece na boca e no esôfago do paciente, a tuberculose e a pneumocistose, pneumonia (produzida pelo fungo chamado Pneumocitis carinii) são as infecções oportunistas mais comuns nos pacientes brasileiros com AIDS.

Tratamento

Os pacientes infectados pelo HIV vivem por mais tempo e com melhor qualidade de vida desde meados da década de 90, comparados com os da década anterior. Esta melhora e maior sobrevida deve-se ao desenvolvimento da terapia anti-retroviral (“coquetel” de antibióticos que combatem o HIV), que atualmente é fornecida gratuitamente pela rede de saúde.

Prevenção

• Transmissão sexual: orientada à prática do sexo seguro mediante o uso de preservativo.
• Transmissão sangüínea: medidas de controle de bancos de órgãos e bancos de sangue mediante rigorosa seleção dos doadores.
• Transmissão perinatal: evitando a gravidez (mediante o uso de preservativos ou anticoncepcionais) e usando zidovudina (antibiótico que combate o HIV) durante a gravidez, diminuindo o risco do filho contrair o vírus durante a gestação ou no trabalho de parto.
• Vacina contra o HIV: ainda em estudo para sua aplicação em humanos.

Síndrome de Kartagener

A Síndrome de Kartagener é uma síndrome genética caracterizada pela chamada inversão visceral (os órgãos do corpo que costumam estar do lado direito aparecem no esquerdo e vice-versa), bronquiectasias (dilatações dos brônquios que geralmente acumulam secreção) e sinusite. Faz parte de um quadro clínico maior, cientificamente chamado por Síndrome da Discinesia Ciliar (ou Cílios Imóveis).
Síndrome do Imobilismo

A Síndrome do Imobilismo é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado.

A condição inicial que gerou a imobilização prolongada varia bastante, mas as conseqüências desta síndrome atingem vários sistemas do corpo humano. Os principais problemas físicos são circulatórios, dermatológicos, respiratórios, entretanto problemas psicológicos costuma ser freqüentes.

O comprometimento respiratório da Síndrome do Imobilismo acarreta na redução dos volumes e capacidades pulmonares de 25 à 50%, em média.

Os movimentos diafragmáticos e os músculos entre as costelas dimunuem com recorrente perda de força muscular. A respiração fica mais superficial com aumento da concentração de CO2 (dióxido de carbono), ocasionando aumento da frequência respiratória. Alem disso, a tosse fica menos efetiva, dificultando a eliminação da secreção brônquica, aumentando a predisposição à infecções respiratórias, atelectasias e diminuição da oxigenação.

Sinusite

Conceito

A sinusite é um processo inflamatório infeccioso da mucosa que reveste os seios da face, que são cavidades localizadas ao lado das fossas nasais.

Ocorre com maior freqüência no inverno, como conseqüência de mudanças climáticas, poluição e complicações de gripe e resfriados.

Pessoas com rinite, desvio de septo nasal, tumores nasais, traumatismos da face, hipertrofia de adenóides (crianças), são mais propensas a contrair a sinusite.

Sintomas

A sinusite aguda apresenta os seguintes sintomas:

• Dor facial na fronte e/ou região maxilar. Às vezes o paciente não apresenta dor;
• Obstrução nasal que pode provocar respiração pela boca, boca seca e voz “fanhosa”;
• Escorrimento nasal que pode escoar em direção à faringe provocando mau hálito, gosto ruim e tosse;
• Alteração do olfato;
• Febre, cansaço, fadiga, indisposição e mal-estar.

Existem também quadros de sinusite crônica com evolução maior de 3 meses, e complicações desta doença que necessitam diagnóstico de um especialista.

Tratamento

Medidas gerais importantes para o tratamento são a ingestão abundante de líquidos, higiene nasal com soro fisiológico e vaporização.

A obstrução nasal que acompanha a sinusite pode ser tratada com descongestionantes orais ou tópicos que serão receitados pelo médico, assim como os antibióticos e outros medicamentos apropriados.

Prevenção

A sinusite aguda ocorre principalmente no inverno após resfriado ou gripe. Esses processos devem ser tratados imediatamente para que não compliquem com sinusite.

A rinite deve ser tratada adequadamente para evitar sua complicação.

Voltar



Empresas Parceiras



Atalho para à página do Facebook da empresa.