Shorter Treatment for Nonsevere Tuberculosis in African and Indian Children

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 19 mar 2022

Shorter Treatment for Nonsevere Tuberculosis in African and Indian Children


Título do Estudo


Shorter Treatment for Nonsevere Tuberculosis in African and Indian Children

 

Fonte


N Engl J Med March 10, 2022; 386:911-922 – DOI: 10.1056/NEJMoa2104535.

 

Resumo


Mais de 1 milhão de crianças adoecem de tuberculose anualmente, e cerca de 20% vão a óbito. Historicamente, crianças são excluídas de estudos de eficácia dos tratamentos de tuberculose, devido a baixas taxas de confirmação bacteriológica por doença paucibacilar e dificuldades de obter espécimes respiratórios. As recomendações de tratamento são extrapoladas de estudos envolvendo adultos, mas a maioria das crianças (2 terços) apresenta doença não severa, com baciloscopia negativa, que poderia ser tratada com esquemas encurtados.

 

Objetivo


Investigar se 4 meses de tratamento antituberculose é tão eficaz quanto 6 meses em crianças com doença não-severa, baciloscopia negativa, presumivelmente com sensibilidade aos fármacos, usando formulações de dose fixa combinada; avaliar também o custo-efetividade dessa estratégia.

 

Desenho do Estudo


Estudo aberto internacional de não inferioridade, randomizado e controlado, comparando 4 meses (16 semanas) de tratamento com o padrão de 6 meses (24 semanas) usando doses pediátricas recomendadas pela OMS. Foram incluídas crianças menores de 16 anos com tuberculose não-severa: baciloscopia negativa e doença confinada a 1 lobo, sem cavitações, sem sinais de tuberculose miliar ou derrame pleural. O diagnóstico foi feito através de sintomas, TT ou IGRA, pelo menos 2 amostras de material respiratório (aspirado gástrico, escarro espontâneo ou induzido) para BAAR, GeneXpert, Cultura para MTB e TSA, além da radiografia de tórax. Todos os participantes inicialmente receberam 8 semanas de terapia padrão com RHZ (com ou sem Etambutol, de acordo com guidelines locais) em formulação de dose fixa combinada, na fase intensiva. Em seguida, a fase de manutenção com RH por 8 semanas ou 16 semanas.

 

Resultados


1204 crianças foram randomizadas entre julho de 2016 e julho de 2018. O estudo mostrou não-inferioridade de 4 meses de tratamento, comparado com o tratamento padrão de 6 meses. Houve boa resposta ao tratamento, com poucas reações adversas, e custo-efetividade favorável.

 

Limitações


Estudo aberto, que pode ter contribuído para mais extensões no grupo 4 meses, e possíveis mais resultados desfavoráveis neste; generalização de resultados para locais que podem não ter radiografia de tórax para caracterização; exigência de resultado de baciloscopia e GeneXpert acabou evidenciando muitos resultados negativos ou fracamente positivos, o que indica a possibilidade de novos estudos incluindo crianças sem exames realizados.

 

Dra. Mônica Flores Rick

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