Impulse oscillometry and free-running tests for diagnosing asthma and monitoring lung function in young children

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 24 set 2022

Impulse oscillometry and free-running tests for diagnosing asthma and monitoring lung function in young children


Título do Estudo


Impulse oscillometry and free-running tests for diagnosing asthma and monitoring lung function in young children

 

Fonte


Burman J, Malmberg LP, Remes S, Jartti T, Pelkonen AS, Makela MJ. Impulse oscillometry and free-running tests for diagnosing asthma and monitoring lung function in young children. Ann Allergy Asthma Immunol 2021;127:326−333.

 

Introdução


A prevalência de asma na pediatria varia em diferentes coortes europeias, possivelmente, até certo ponto, pela falta de um consenso universal sobre o diagnóstico de asma nesta faixa etária, um desafio, principalmente, em crianças menores de 6 anos de idade. A oscilometria de impulso (IOS) é uma ferramenta de avaliação da função pulmonar não invasiva que requer apenas a cooperação passiva do paciente respirando normalmente. As principais mensurações realizadas englobam a impedância (Z), a resistência (R), a reatância (X) e a frequência de ressonância (Fres). Acredita-se que realização da IOS nos pré-escolares pode ser útil na predição da função pulmonar na idade escolar e, deste modo, na prática clínica, auxiliaria também na predição de sintomas pulmonares persistentes na adolescência. De acordo com as recomendações da Sociedade Respiratória Europeia, a IOS pode ser realizada a partir dos 2 anos de idade e o teste de teste de exercício de 6 minutos a partir dos 4 anos de idade. O objetivo deste estudo foi verificar o uso da IOS no diagnóstico e monitoramento da asma em crianças pequenas, com tratamento com o corticosteroide inalado (CI).

 

Metodologia


O estudo foi realizado em crianças de 4 a 7 anos com asma leve ou moderada, de 28 de novembro de 2017 a 15 de maio de 2020. Quarenta e duas crianças, com mediana de idade de 5,3 anos, variando de 4,0-7,9 anos, com asma diagnosticada através da avaliação médica, foram acompanhadas por 6 meses após o início do tratamento do CI. As crianças foram convidadas para realizarem a IOS e o teste de exercício de 6 minutos em três momentos. Uma resposta positiva ao CI foi definida como tendo mais de 19 pontos no ACT pediátrico e pela ausência de hiperreatividade na terceira visita.

 

Resultados


No total, 38 das 42 crianças responderam ao tratamento ao CI. O aumento da resistência a 5 Hz induzido pelo exercício diminuiu após o tratamento com o CI (61% vs 18% vs 13,5%, P < .001) e a medição da distância dos exercícios aumentou (800 m vs 850 m vs 850 m, P = 0,001). Houve melhora significativa nos escores de controle da asma infantil entre a primeira visita e as subsequentes (21 vs 24 vs 24, P < .001), com redução de consultas médicas de urgência por sintomas respiratórios (1, (0−6) vs 0, (0-2), P = 0,001).

 

Discussão


Este estudo tem 3 principais destaques. Em primeiro lugar, mais de 90% de todas as crianças responderam ao tratamento com o CI em termos de melhora dos escores do ACT pediátrico, diminuição das consultas médicas de urgência e do broncoespasmo induzido pelo exercício. Em segundo lugar, as crianças melhoraram seu desempenho físico dentro de 6 semanas após o início do tratamento. Em terceiro lugar, crianças menores de 5 anos e crianças sem sensibilização alérgica também se beneficiaram do tratamento com o CI, sugerindo que a IOS e o teste de exercício de 6 minutos podem auxiliar nas decisões de tratamento e representarem ferramentas úteis na avaliação de crianças com suspeita de asma. Sem testes objetivos, corre-se o risco de superdiagnosticar a asma e usar CI em excesso. Alterações detectadas na IOS refletindo disfunção das pequenas vias aéreas podem também estar associadas ao não controle da asma. Apesar disto, ainda existem poucos estudos caracterizando a resposta ao tratamento com o CI por meio da IOS. Ressalta-se, novamente, que a IOS pode ser usada a partir dos 2 anos de idade, de acordo com a Sociedade Respiratória Europeia.

 

Limitações do Estudo


No entanto, o estudo apresentou certas limitações. A grande maioria dos pacientes não teve a fração de óxido nítrico exalado (FeNO) medida, cuja mudança teria oferecido informações sobre o controle da inflamação. Além disso, como foi um estudo apenas de acompanhamento, não havia um grupo de controle. Ressalta-se que, em 4 das 42 crianças, o tratamento clínico mudou durante o período de observação, entretanto, na grande maioria das crianças o tratamento foi realizado com a fluticasona inalatória oral.

 

Conclusões


Em conclusão, a IOS S pode ser considerada uma ferramenta útil no diagnóstico da asma e no monitoramento da função pulmonar em crianças pequenas.

 

Dra. Ana Alice Parente

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